quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

COMO ENTRAR EM UM TIROTEIO SEM QUERER

Foi uma noite daquelas...

Tudo corria dentro da normalidade. Era mais uma noite de trabalho do jornalismo verdade da TV Record. Era mais um dia de plantão policial na noite de Belo Horizonte. A Nossa equipe de reportagem ( Eu, Auxiliar Wagner e Cinegrafista Marquinhos de Jesus) ia para mais uma ocorrência de rotina.

Entramos na Avenida Santa Rosa. Quando chegamos no cruzamento da Avenida Antônio Carlos, próximo ao Pampulha Mall, em cima da trincheira, sentido centro/sentido Aeroporto da Pampulha....

Foi neste ponto que começou a notícia. O cinegrafista Marquinhos de Jesus viu um carro da PM fechando a pista da avenida Antônio Carlos sentido Centro. Ele desceu para pegar a câmera na "Case - compartimento onde se guarda a câmera", quando fomos surpreendidos com um Fiat Stillo em alta velocidade furando o bloqueio montado pela Polícia.

Os criminosos, cerca de quatro homens dentro do carro, conseguiram escapar. Foi neste momento, na curva, que começou o tiroteio. A Nossa equipe estava a menos de 8 metros do cerco. Eu abaixei no banco de trás do carro da equipe e o motorista Wagner se escondeu no banco da frente. O Marquinhos estava fora do carro e deitou no chão. Foram muito tiros. E foi muito rápido.

A gente seguiu o comboio da PM em toda a orla da Lagoa da Pampulha, mas os criminosos conseguiram fugir. Perto da Toca da Raposa I, na mesma região, os bandidos furaram outro bloqueio da PM. E houve mais troca de tiros, segundo a Sala de Operações da PM. Quando voltamos ao local do primeiro cerco, avenida Santa Rosa com Antônio Carlos, encontramos cápsulas deflagradas de Pistola ponto 40, de uso restrito das forças armadas, abandonadas no chão.

Jornalismo é uma profissão perigo. Você não saber o que vai acontecer em poucos segundos. Uma profissão que precisa sempre caminhar ao lado de Deus. O nosso santo foi forte. Muito forte!

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